Armas? (Não são, mesmo que eu queira)
Qualquer semelhança com a realidade...
O ônibus deu uma guinada no momento em que a catraca girou.
O ônibus deu uma guinada no momento em que a catraca girou.
Um baque. Quando viu, já tinha caído. Ótimo, estava estatelada no meio do chão do ônibus. Que vergonha, céus!
Foi quando percebeu que o chão do ônibus deveria ser mais duro. Olhou ao redor e percebeu que tinha caído em alguém. Um garoto. Um garoto bonito, para ser mais exata.
Poderia dizer que ficou mais envergonhada ainda, mas isso não tem importância.
O garoto a ajudou a levantar, e depois de um pedido de desculpas e um sorriso amistoso, ela notou: a bolsa também tinha caído, e ela não conseguia achar o objeto pelo chão do transporte.
Nesse momento, brotou outro garoto (que também era bonito, pasmem!), com a bolsa nas mãos.
― Aqui está. Caiu em cima de mim. ― ele disse rindo, e ela pegou o objeto, agradecendo. ― Está bem pesada, e fez muito barulho quando caiu. O que você carrega aqui, afinal? Armas? ― ele sorriu com a brincadeira feita. Sorriso que a garota retribuiu.
― Ainda não tenho armas, apesar de querer que meu pai me compre uma. Por enquanto, tudo que poderá achar na minha bolsa são livros. -― Seu tom era sério, mas era uma brincadeira.
O rapaz não pareceu entender seu humor e se calou sem saber o que dizer, ela achando graça da expressão de espanto do garoto, que era razoavelmente fofa.
Resolveu deixar pra lá, e não esperou a resposta, já que encontrou um assento livre no fundo do ônibus. Mesmo que o rapaz fosse bonito, não perderia a chance de ir sentada só para conversar.
... É mera coincidência.
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