Turbulência mental
Num acesso de raiva e preocupação, todos os medos se misturam e os receios ficam mais reais.
Eu grito em desespero, mas nem o eco me responde.
Esperneio, faço birra, mas ninguém está ali para olhar para mim.
Minha cabeça está cheia de pensamentos, mas só eu os ouvirei.
Os olhos pesam, mas maiores são os pesos que afundam minha consciência e impedem o longo beijo de cílios.
O aperto esmagador das hipóteses me sufocam em um abraço agoniante do qual eu tento fugir.
O passar das horas me persegue, e eu corro do relógio. Quero ir para longe do futuro, mas todos os caminhos levam até ele.
As paredes encolhem, mas o vácuo é maior que o aperto.
A angústia da solidão é sufocante, porém reconfortante.
O amanhã está na porta e tenho medo de como ele entrará.
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